HISTÓRICO
O Galpão de Triagem foi construído, pela empresa ENGETON, com recursos do contrato Nº 0222.919-88/2007 PAC Maciço do Morro da Cruz, no ano de 2011-2012. Antes mesmo da execução da obra, ações técnicas foram desenvolvidas com o intuito de formar um grupo organizado que assumisse as atividades a serem desenvolvidas no Galpão.
Em 2007 foi enviado para apreciação e aprovação dos técnicos da CAIXA o documento intitulado Projeto Piloto de Reciclagem Recicla FlORIPA – Cooperfloripa, integrante do sub-projeto de coleta e disposição de resíduos sólidos.
Em meados de 2010, a coordenação do setor técnico social reuniu-se com os integrantes das associações de moradores de ambas as comunidades a fim de saber do interesse pelo projeto de reciclagem. Diante da resposta positiva deflagrou-se o processo licitatório de construção do Galpão, bem como, planejou-se estratégias para reunir os interessados em participar do grupo de trabalho. A principio buscou-se identificar os moradores que já trabalhavam com reciclagem através de: pesquisa a campo, indicação de outros moradores e através de pesquisa realizada nos cadastros Cadhab e Cadunico através do sistema georreferenciado da SMHSA. Com este levantamento concluiu-se que os trabalhadores envolvidos com reciclagem já tinham seus negócios consolidados. Os maiores interessados foram os desempregados ou trabalhadores da economia informal, identificados em abordagens individuais e aleatórias durante a divulgação do projeto de construção do galpão.
A primeira reunião, de apresentação da proposta, contou com a presença de 20 pessoas interessadas. Neste encontro a Fundadora da Associação Comunitária Aparecida de Reciclagem de Lixo – ACARELI, foi convidada a expor sua experiência nesse ramo de atuação. Os trabalhos seguintes, foram no sentido de criar uma identidade de grupo entre os interessados e de demonstrar a relevância do trabalho coletivo, seja no sentido de geração de renda ou na melhoria da comunidade.
A proposta de formação de uma cooperativa de reciclagem era um anseio antigo das comunidades Serrinha e Alto Caeira, que já haviam se organizado anteriormente com o apoio da UFSC e da COMCAP para a fundação da Cooperfloripa. No entanto, por falta de acompanhamento técnico e por outras questões internas o projeto não prosseguiu. Com a disponibilidade de locação de recursos do projeto do Maciço do morro da Cruz, na macro ação Geração de Trabalho e Renda, as lideranças comunitárias buscaram apoio da SMHSA, na implementação do antigo projeto que foi reelaborado e adaptado ao PAC.
Atualmente o grupo encontra-se oficializado como “Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Alto Caeira e Serrinha” – RECICLA FLORIPA com Estatuto Social, Diretoria e Proposta de Regimento Interno que norteiam as atividades de triagem e comercialização de recicláveis neste Galpão.
Em 2012, com a perspectiva de conclusão do galpão, foi deflagrado processo licitatório para aquisição dos equipamentos permanente, tais como esteira, prensa e outros, além de Equipamentos de Proteção Individual, conhecidos como E.P.I.s.
Com a conclusão das obras, realizou-se no dia 28 de dezembro uma solenidade de encerramento, sendo entregue o Galpão pela Empresa a SMHSA. No mês seguinte, na gestão do novo prefeito foi formado um grupo por técnicos integrantes da SMHSA, COMCAP e IGEOF a fim de definir atribuições e competências na implementação da Gestão Compartilhada do referido Galpão. Foram diversos encontros cujo produto final consistiu na elaboração de um documento denominado Contrato.
Decorrente as discussões definiu-se que o IGEOF será o coordenador da gestão compartilhada, por entender que esta instituição tem as condições e atribuições necessárias para a melhor utilização desse espaço de geração de renda.
Com relação ao instrumento jurídico de cessão de uso do galpão, será oficializado através de Termo de Cessão de Uso de bem público entre poder público municipal e a associação de catadores de recicláveis do Alto da Caeira eSerrinha - reciclafloripa com o objetivo principal o desenvolvimento de produtos e serviços ligados as alternativas de geração de renda. O prazo de cessão de uso será de dois anos com possibilidade de prorrogação.